Nos últimos meses, o virtual tornou-se o nosso espaço de assembleia e permitiu-nos prosseguir a reflexão que iniciámos em torno do que é (ou pode ser) comum. A comunalidade que vinha orientando as nossas vontades, ganhou novo sentido e pertinência no contexto atual, e mais do que um tema para o festival, está a nortear todo o nosso processo de trabalho e de programação, com uma igual redefinição dos nossos compromissos e ambições. O resultado é uma edição que se expande em múltiplas vozes, se traduz em várias plataformas, sendo decidida e partilhada por muitxs.
O epicentro do 9.5 é esta plataforma. Tudo parte daqui: projetos de artistas pensados para um espaço sem geografia, desvendados ao longo de 10 dias. Na procura de outros formatos, para se comunicarem ideias, projetos, debates e arte, surge a rádio 9.5. Se há uma materialidade no alcance físico das ondas do FM, a possibilidade de ser transmitida online, potencia o alcance global das vozes que a constroem. E porque a ideia de ocupação do espaço físico da ilha é intrínseco ao Walk&Talk, no onsite, temos as expansões dos projetos no território. Aqui, as expressões ganham várias formas. São instalações-monumento, murais que nos remetem para outras paisagens, odores que ativam a memória de realidades paralelas ou sons que alteram a nossa percepção do espaço.
Pensa-se o futuro, a nossa relação com a paisagem e a forma como a experienciamos e nos relacionamos com ela.
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In the last few months, the virtual has become our space of assembly and has allowed us to continue reflecting around what is (or can be) common. This commonality that had been guiding our actions gained new meaning and relevance in the current context, and more than a theme for the festival, it is guiding our entire work and programming process, with an equal redefinition of our commitments and ambitions. The result is an edition that expands in multiple voices, translates into several platforms, being decided and shared by many.
The epicenter of 9.5 is this platform. Everything starts from here: artist projects designed for a space without geography, unveiled over 10 days. In the search for other formats, to communicate ideas, projects, debates, and art, radio 9.5 appears. If there is materiality in the physical reach of FM waves, the possibility of being transmitted online enhances the global reach of the voices that build it. And because the idea of occupying the island's physical space is intrinsic to Walk&Talk, on the onsite, we have the expansion of projects in the territory. Here, expressions take various forms. They are monument installations, murals that bring us to other landscapes, odours that activate the memory of parallel realities or sounds that alter our perception of space.
We think about the future, our relationship with the landscape and how we experience and relate to it.